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Ficha Informativa – Fatores Abióticos (1)

INFLUÊNCIA DOS FACTORES ABIÓTICOS NOS SERES VIVOS

Num ecossistema, cada ser vivo é permanentemente sujeito às condições do meio – fatores abióticos – e à ação dos outros seres vivos – fatores bióticos.

Os fatores abióticos são, os fatores do meio que influenciam os organismos. Tais como: A temperatura, a luz, a humidade, água, solo.

Fatores abióticos

Cada espécie apenas pode viver num determinado intervalo de temperatura – intervalo de tolerância.

Abaixo desses limites de temperatura, as suas funções vitais são seriamente comprometidas e os seres morrem.

Contudo, mesmo dentro do limite de tolerância, para cada espécie existe um valor de temperatura para a qual o seu desenvolvimento é máximo – temperatura ótima.

Algumas espécies são capazes de resistir a grandes variações de temperatura – espécies euritérmicas -, enquanto outras têm intervalos de tolerância reduzidos – espécies estenotérmicas.

Fatores abióticos

Influencia da temperatura nas plantas:

Algumas plantas estão bem-adaptadas a temperaturas elevadas, como é o caso do cato, enquanto outras, como o musgo e algumas espécies de pinheiros são mais resistentes a temperaturas baixas.

Fatores abióticos

Influencia da temperatura nos animais:

A influência da temperatura nos animais depende em grande parte da forma como estes regulam a sua temperatura corporal. Assim, relativamente à regulação da temperatura corporal, existem dois tipos de animais:

Fatores abióticos

A temperatura influencia os animais quer no seu comportamento quer nas suas características físicas. Os animais das regiões frias apresentam adaptações morfológicas que lhes permite reduzir as perdas de calor. Uma destas adaptações é possuírem extremidades corporais (orelhas, focinhos e cauda) mais curtas do que as dos animais de espécies semelhantes que vivem em regiões mais quentes, reduzindo deste modo as perdas de calor.

Fatores abióticos

Muitos animais acumulam espessas camadas de gordura debaixo da pele.

É o caso do urso polar ou dos leões marinhos. Outros aumentam o nível de pelos e penas no Inverno.

    Fatores abióticosFatores abióticos

Alguns animais, sobretudo as aves, migram, evitando assim o frio ou a escassez de alimentos.

No Inverno, alguns peixes, como a carpa, permanecem junto dos fundos e quase não se mexem, diminuindo a sua atividade, o que lhes permite poupar energia. Outros produzem substâncias que evitam que o seu corpo congele.

Para suportar as condições adversas do Inverno, alguns animais, como os morcegos, as salamandras ou os ouriços-cacheiros, procuram locais de abrigo e reduzem as suas atividades ao mínimo possível, permanecendo numa espécie de sono profundo – hibernação.

Durante a hibernação, o ritmo da respiração e das batidas do coração dos animais diminui e a sua temperatura corporal baixa até ficar próxima da temperatura ambiente. Neste estado, os organismos necessitam de muito pouca energia, bastando-lhes apenas as reservas de gordura acumuladas antes da chegada do Inverno.

Fatores abióticos

Um fenómeno semelhante pode ocorrer durante o Verão, sendo neste caso chamado de estivação. Algumas espécies de caracóis estivam durante a estação quente. Produzem uma película que protege a abertura da concha para não dessecarem e reduzem a sua atividade ao máximo.

Alguns animais, como o urso-pardo, o texugo e vários répteis “dormem” durante o Inverno. Porém, esse “sono hibernal” não é considerado uma verdadeira hibernação, uma vez que esses animais não só podem acordar para comer, como também a diminuição da sua temperatura corporal é pouco acentuada.

 

Fatores abióticos

Sem luz do sol não seria possível a vida na Terra. É a partir da energia luminosa que as plantas produzem a matéria orgânica que constitui o seu corpo, bem como o oxigénio necessário a todos os animais.

Como as plantas servem de alimento a outros organismos, estes, indiretamente, dependem também da luz.

Os organismos são influenciados não só apenas pela intensidade luminosa, mas também pelo fotoperíodo – número de horas de luz por dia.

 

Influência da luz nas plantas

Todas as plantas necessitam de luz para o seu crescimento. Dependem dela para fazer a fotossíntese, por exemplo. No entanto, a quantidade de luz necessária varia de espécie para espécie:

A intensidade luminosa e o fotoperíodo influenciam, ainda, outros processos vitais das plantas, como por exemplo:

Fatores abióticos

  • A germinação das sementes: algumas plantas apenas germinam na ausência de luz, enquanto outras, como a semente da alface, necessitam de uma quantidade mínima de luz para germinar.
  • A floração: algumas plantas apenas florescem quando os dias são longos relativamente às noites – plantas de dia longo. É o caso do trigo ou do girassol. Outras, pelo contrário, apenas florescem quando o fotoperíodo é curto – plantas de dia curto. É o caso dos crisântemos ou da soja. Há ainda plantas cuja floração não depende do número de horas de luz por dia – plantas indiferentes. É o caso do tomateiro, por exemplo.
  • O crescimento e maturação dos frutos.
  • Os movimentos das plantas (fototropismo): em certos casos verifica-se que as plantas seguem os movimentos do sol ao longo do dia, orientando-se para ele.
  • A abertura e fecho das flores.

 

Influência da luz nos animais

A luz influencia o comportamento dos animais que, de acordo com a altura do dia em que estão mais ativos, se podem classificar em diurnos, crepusculares e noturnos.

Fatores abióticos

O fotoperíodo influencia nos animais alguns fenómenos como:

  • A reprodução – a luz atua diretamente sobre o desenvolvimento dos ovos dos peixes; a falta de luz retarda o desenvolvimento de larvas de certos insetos; alguns animais apenas se reproduzem quando o fotoperíodo ultrapassa um determinado valor, outros apenas se reproduzem quando os dias são curtos.
  • A formação de vitamina D ao nível da pele – os raios ultravioleta são responsáveis pela produção de vitamina D na pele dos vertebrados. No entanto, quando em excesso, esses mesmos raios podem ter efeitos muito prejudiciais na saúde dos organismos.
  • O início das migrações e da mudança de pelagem e plumagem – animais como a lebre dos Alpes ou a raposa do Ártico têm pelagem cinzenta ou acastanhada no Verão, mas no Inverno são acastanhadas.

 

Fatores abióticos

A água serve de habitat para muitos seres e é um dos principais constituintes dos organismos, sendo indispensável a todas as suas funções vitais. Por isso, os organismos terrestres têm de ser capazes de resolver dois problemas: a sua obtenção e a diminuição de possíveis perdas (através da respiração, transpiração e excreção).

Apesar das necessidades variarem de espécie para espécie, todas as espécies precisam de água para a sua vida. As sementes das plantas, por exemplo necessitam de uma determinada quantidade de água para germinar, consoante a espécie. Se a quantidade de água for excessiva as sementes apodrecem, se for insuficiente não se iniciam os processos metabólicos da germinação. De acordo com a maior ou menor necessidade de água, os seres vivos podem ser classificados em aquáticos, hidrófilos, mesofilos e xerófilos.

Fatores abióticos

Adaptações das plantas à falta de água

As plantas características das regiões secas apresentam diversas adaptações para captarem água e para diminuírem a sua perda. Por exemplo, os pinheiros que crescem em solos arenosos têm raízes muito profundas, para poderem captar a água que se infiltra para grandes profundidades.

Nos desertos, onde chove abundantemente durante pouco tempo, algumas plantas possuem raízes pouco profundas, que se estendem por uma grande área de modo que, quando chove, possam captar rapidamente a maior quantidade de água possível. Outras ainda são capazes de aproveitar água do orvalho.

Para diminuírem a perda de água, algumas plantas como os catos possuem as folhas transformadas em espinhos, o que diminui a área exposta e, consequentemente, a perda de água por transpiração. Estas plantas têm ainda caules carnudos, capazes de armazenar água.

Fatores abióticos

Outra adaptação das plantas à secura é o revestimento por ceras impermeáveis ou por pelos, o que diminui a transpiração.

Nos desertos, muitas espécies de plantas vivem a maior parte do tempo sob a forma de sementes, que apenas germinam após a queda de chuva, desenvolvendo-se então muito rapidamente.

Fatores abióticos

Adaptações dos animais à falta de água

Também os animais que habitam locais onde a água é escassa apresentam adaptações que lhes permitem sobreviver.

Fatores abióticos

Algumas estratégias comportamentais são extremamente eficazes no que toca à economia de água. Um bom exemplo são os hábitos noturnos, como acontece com o rato-canguru. Outras são mais invulgares. Por exemplo, uma carocha-preta que existe no deserto da Namíbia, apresenta uma adaptação curiosa. Quando há nevoeiro, a carocha desloca-se até à crista de uma duna e põe-se de cabeça para baixo com as asas e as patas traseiras voltadas para a brisa. A água condensa e escorre pelo corpo inclinado do inseto até à sua boca.

Outra forma de resistir à secura é a estivação. Esta estratégia é utilizada, por exemplo, por algumas tartarugas e pelos caracóis.

 

Fatores abióticos

O solo é uma camada superficial da crosta terrestre, formada a partir dos detritos originados, por um lado, pela alteração das rochas e, por outro, pela decomposição dos seres vivos. É constituído por matéria mineral, matéria orgânica, água e também apresenta seres vivos, como mostra o diagrama de composição do solo.

Fatores abióticos Fatores abióticos

Uma vez que é sobre ele que se desenvolve toda a vida, as suas características, tais como a porosidade e a composição química, influenciam o modo de vida dos seres que nele se encontram.

A matéria orgânica do solo é originada a partir dos seres vivos que o habitam ou que dele dependem. Por exemplo, os restos vegetais são matéria orgânica. O húmus é constituído por matéria orgânica em decomposição.

A composição química e o teor em água são os fatores que maior influência exercem sobre os seres vivos que dependem do solo para a sua sobrevivência.

 

Na Natureza, a disponibilidade de água e a composição química dos solos é fundamental para a distribuição da vegetação. Nem os solos muito pobres em água e/ou sais minerais, nem os solos em que a quantidade de água ou de um determinado elemento seja muito elevada, são favoráveis ao desenvolvimento das plantas.

Também a porosidade dos solos influencia a distribuição dos seres vivos. A maior parte das plantas desenvolve-se em solos muito coesos e pouco permeáveis (isto é, que permitem reter água). Os animais encontram-se em solos de porosidade muito diferente.

 


Notas:

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